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segunda-feira, 4 de julho de 2011

RESENHA: Novo barco do VICENTE DORS

Para quem não conhece, Vicente Dors é um entusiasta do remo, que se dedicou a profissionalizar a produção de barcos, através de sua fábrica Vitória Delta Compósitos sediada em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre. O seu nome já é quase um sinônimo de barcos a remo entre os aficcionados.

Vicente esteve na Alemanha em Outubro/2010, estagiando na fábrica BBG, juntamente com outros fabricantes brasileiros de equipamentos para remo.

Semana passada Vicente divulgou via "Facebook" um novo produto, que ele mesmo define como um barco intermediário entre o "canoe" e o "skiff".

Vamos às fotos. Vicente avisa que o protótipo foi pintado dessa cor por razões práticas ... encomendas podem selecionar qualquer outra cor.


Notar que o barco possui uma quilha, e não possui "castelo de proa"



Dados gerais:

  • Comprimento: 6010mm
  • Largura: 590mm
  • Altura máxima: 332mm
  • Peso aproximado de 20K (sujeito a confirmação)
  • Largura do trilho: 280mm (é maior do que do Skiff, que em geral usa 240mm)
  • Material: Fibra de vidro (braçadeiras em alumínio, medidas não informadas)
  • Preço aproximado (Julho/2011, sem frete, dependendo do acabamento) R$4mil


Em entrevista por telefone para este BLOG nesta 2a. feira, VICENTE informou que o barco foi testado no Rio Guaíba, apresentando navegação similar a de um Skiff e também é mais "arisco" (suscetível a "virar") do que um canoe.

Outro ponto que o fabricante destacou, foi a previsão de "esperas" nas braçadeiras, para colocação de flutuadores, com vistas ao uso em provas para-olímpicas.

Ainda não realizamos um "test-drive" do barco, porém o fabricante informa que talvez realize uma "tournée" de exibição. Sujeito a confirmação!



FACILIDADE DE TRANSPORTE


Se este barco render um "PRAZER DE REMAR" bem semelhante ao de um skiff, poderá ser uma solução interessante para quem gosta de transportar seu barco em cima do próprio carro usando um "rack".

Esta é a solução mais democrática, sem necessidade de recorrer a reboques, trailers, licenças de transportes especiais (AET) e complicatórios congêneres.

Em muitas cidades de nosso país, os "locais para remar" existem mas estão em pontos distantes. Ou então, o remador quer usar o barco quando vai à praia.

O barco não é propriamente um "ocean boat" mas tem tudo para enfrentar o mar em dias de pouco vento.

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Sobre transportes de barcos em carros de passeio, partilho com vocês, algum conhecimento que andei pesquisando (quem souber mais, favor postar).
Em geral, os fabricantes de veículos de passeio recomendam que "racks" somente sejam utilizados para carregar até 40Kg - portanto, este barco atende ao parâmetro.
Recomenda-se seguir as instruções do fabricante do veículo quanto à escolha e instalação de racks. Em muitos casos, a instalação correta somente é viável mediante furação do teto, e portanto, torna-se "permanente".
Para transportar um barco como este, poderá ser usado um rack comum, porém é altamente recomendável encomendar um rack especial, ou então, mandar confeccionar um "rack para colocar sobre rack" (como se faz com os racks para bicicletas). Futuramente quero ver se posto alguma coisa a respeito, aqui no blog, mas por enquanto, aqui está um site de fabricante de rack que mostra uma foto - realmente simples de copiar.
Segundo informações do DETRAN-SP um veículo de passeio pode transportar carga externa com dimensões que não excedam à largura do próprio veículo, sendo que, no geral, a carga poderá ser "maior que o comprimento do veículo" em até dois metros, sendo 1m à frente, e 1m à ré.
Logo, se o "veículo de passeio" em questão tiver 4 metros de comprimento ou mais, poderá transportar tranquilamente este barco (que tem seis metros de comprimento).
Nota: deverá ser providenciado um anteparo (por exemplo, bola de isopor, facilmente encontrada em casas de artigos para festas, tamanho de uma bola de futebol) para "fincar na proa" e assim, tentar atender ao seguinte dispositivo:
"As cargas transportadas nas partes externas do veículo não poderão conter partes perfurantes ou cortantes, ou outras feições quaisquer que possam oferecer risco potencial aos usuários da rodovia".
Outra boa providência, é imprimir e carregar no porta-luvas, uma cópia da PORTARIA SUP/DER-023-03/04/1996 que fala de medidas para cargas. Vai que um agente rodoviário resolve puxar a trena. Puxando a "Portaria", estará falando na mesma língua. Por enquanto essa é a peça de legislação mais específica que encontrei... quem souber de algo mais abrangente, favor partilhar!
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RESUMO

Prós:
  • Produto interessante para quem já é remador e quer transportar seu próprio barco, inclusive para remar em águas não tão tranquilas;
  • Preço (inferior ao da maioria das bicicletas usadas em competições de Thriatlon e afins)
  • Durabilidade e resistência (se comparado a um skiff)
  • Baixa manutenção
  • Previsão de local para fixar estabilizadores (flutuadores) permitindo usar como barco-escola e outras utilidades 
  •  
Contras:
  • Falta fazer um test-drive! Daí poderemos criticar.

-x-

4 comentários:

  1. Tenho amigos que compraram um projeto francês de double de mar e fizeram parceria com um construtor de Porto Alegre. Possivelmente trata-se de um barco feito para enfrentar marolas e ondas e, portanto, mais pesado. Se desejar mais informações é só avisar. Embora eu não tenha remado mais que poucas horas em palamenta dupla em toda a minha vida, dei um passeio, em Ubatuba, e achei o barco muito agradável de remar.
    Antonio

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    Respostas
    1. Preciso de um barco para remar no mar, poucas ondas.

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    2. Olá Fernando, o Vicente Dors é quem fabrica esse modelo da resenha, excelente para remar em circunstâncias de ventos mais fortes e ondas não excessivamente fortes. Calculo que vai bem em ondas cuja altura (na realidade, amplitude) seja de 50cm (o que não é pouco, em considerando baías e lagos, onde o comprimento das ondas costuma ser amplificado devido às margens). Não experimentei "no mar" mas por experiência posso dizer que enfrenta qualquer "mar calmo" mesmo que a amplitude das ondas aparente ser grande - contato do Vicente: vicentedors@gmail.com

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  2. Um dia vou testar essa forma do actividade:))) Agora treino so meus dedos no computador:)

    Abracos!

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